EMT
Estimulação Magnética Transcraniana

É uma nova técnica de abordagem e tratamento de desordens neuropsiquiátricas que permite a exploração, ativação ou inibição das funções cerebrais, de maneira segura, específica, não invasiva e indolor.

O método consiste em atingir o cérebro de forma dirigida, através de pulsos magnéticos sobre o crânio, os quais, atravessando os tecidos geram uma fraca corrente elétrica capaz de provocar alterações na atividade das células nervosas. Quando uma determinada região do córtex cerebral, por exemplo, a área motora é estimulada, os músculos do corpo referentes àquele campo apresentam sinais elétricos ou movimentos perceptíveis, podendo-se mapear o cérebro através das respostas fisiológicas resultantes da estimulação magnética.

Introduzida na década de 80, foi inicialmente usada por neurologistas com fins diagnósticos para medir o tempo de condução central-motora de várias doenças neurológicas e explorar tópicos da plasticidade do [sistema nervoso central]. Despertou um crescente interesse no meio científico após as primeiras comprovações de seus efeitos terapêuticos, proporcionando alívio da acinesia em pacientes com Parkinson e melhora do humor em pacientes com depressão.

Os estudos conduzidos em pacientes com transtornos afetivos alcançaram resultados com significância clínica e estatística, verificando-se, de maneira notória nos últimos anos a multiplicação de centros de pesquisas nas mais respeitadas universidades ao redor do mundo. Comprovou-se que a aplicação da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) em pacientes com depressão grave resistentes à farmacoterapia (em torno de 30% dos pacientes depressivos que são refratários aos medicamentos não respondem a medicação) proporciona efeitos terapêuticos benéficos equivalentes à eletroconvulsoterapia (ECT), com a vantagem de dispensar o procedimento anestésico e não conduzir às alterações cognitivas, tais como as usualmente decorrentes da ECT.

O tratamento consiste na aplicação de 20 a 30 sessões de estímulos magnéticos com duração aproximada de 20 minutos, com intervalo nos finais de semana. O paciente senta-se numa poltrona confortável e a bobina é colocada próxima ao crânio - na região relativa ao córtex prefrontal. O surgimento da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) apresenta-se como uma alternativa no tratamento das desordens depressivas; possuindo rápido início de ação. Por volta do quinto ao oitavo dia permite uma aceleração na melhora e reintegração do indivíduo às atividades habituais, diminuindo assim as repercussões sociais negativas do período de incapacitação.

Sua ótima tolerabilidade e o perfil benigno de efeitos colaterais produz uma restituição fisiológica do estado de saúde basal do indivíduo. Também foi observado que a TMS quando aplicada em um paciente usando antidepressivo provoca um rápido onset ou rápido início de ação do antidepressivo, segundo estudos da HARVARD MEDICAL SCHOOL- PROF DR ALVARO PASCUAL LEONE.

Os resultados apresentados até o momento, aliados a boa margem de segurança no emprego da técnica tornam esta modalidade uma ferramenta poderosa no arsenal terapêutico das desordens neuropsiquiátricas.


Como é feito o tratamento


O paciente senta-se numa poltrona reclinável e recebe os estímulos durante aproximadamente 20 minutos, permanecendo acordado e sem necessidade de uso de medicações. Há um ruído, do tipo "click", associado com a passagem da corrente através da bobina, mas o efeito do campo magnético e da indução da corrente no cérebro não é doloroso. Entretanto, algum desconforto pode ocorrer devido à contração dos músculos do couro cabeludo ou da ativação dos nervos próximos. O tempo de tratamento varia de acordo com a patologia - quadro clínico - e conforme os diferentes protocolos usados nos diversos centros mundiais.


No caso da depressão, de acordo com a orientação da Escola Médica de Harvard, são aplicadas 20 a 30 sessões, sendo uma sessão por dia, durante cinco dias consecutivos com intervalo no final de semana, na sequência o paciente é reavaliado para ver a necessidade ou não de completar 30 sessões. Depois da última sessão o paciente deverá fazer a RTMS de manutenção, que pode variar de paciente para paciente e de serviço para serviço. Mas em regra geral, o paciente deverá fazer uma aplicação por semana nos primeiros dois meses passando no terceiro mês a uma aplicação a cada 15 dias, até completar o sexto mês onde o plano terapêutico será reavaliado. A manutenção é muito importante para que não ocorra recidiva do quadro depressivo. Este esquema de manutenção pode variar conforme a necessidade do paciente. A TMS é uma técnica segura e não provoca efeitos colaterais significativos desde que sejam seguidas as normas internacionais de segurança.


Sendo uma forma menos agressiva de tratamento ela apresenta, entre outros benefícios, o mínimo de efeitos colaterais e possibilita, em alguns casos, reduzir o uso de medicamentos. Este tratamento estimula diretamente as áreas cerebrais, que até então era impossível ser feito sem que o paciente passasse por procedimento cirúrgico ou utilizasse medicamentos com possíveis efeitos colaterais.


Com o avanço das neurociências, em especial no campo da neuroradiologia com as neuroimagens estruturais e funcionais, tornou-se possível a visualização e estimulação direta de áreas cerebrais disfuncionais. A EMT pode diminuir o uso de medicamentos, reduzindo os efeitos colaterais que por ventura pudessem ser causados pelos medicamentos. Esse é, também, o meio mais direto, rápido e eficaz de tratamento.


A técnica de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT ou TMS) foi aprovada em 2008 pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos para tratamento de Depressão. No Brasil, em 2006 o uso do aparelho para a realização desse tipo de tratamento foi regulamentado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e aprovada em 2012 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB), que autorizou o uso do método para tratamento em pacientes que apresentem depressão bipolar, unipolar e esquizofrenia com quadros de alucinações, e mapeamento cerebral para planejamento neurocirúrgico.


Contra indicação absoluta:

Pessoas que apresentam algum tipo de metal na cabeça; pessoas com marca-passo; e válvula ventrículo peritoneal.

Confira os videos com entrevista Drº Alvaro Pascual-Leone

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