Foi desenvolvido com base em estudo da Academia Americana Helen Mayberg que observou diferenças entre os níveis de atividade cerebral do cérebro deprimido.
Foi aprovado pela FDA para tratamento de epilepsia refratário e agora aprovado para tratamento de transtorno depressivo.
Histórico:
Nos anos 80, Jake Zabara da Temple University descobriu que a excitação do Nervo Vago poderia interromper uma convulsão em curso num cão esse resultado levou a testes clínicos da técnica e a aprovação da VNS pela FDA na supressão de convulsões e mais recentemente 2006 foi aprovado pela FDA para tratamento de depressões refratárias e ansiedade.
A técnica consiste basicamente em enrolar o eletrodo VNS no Nervo Vago esquerdo no pescoço e liga-Io ao marca passo implantado no peito do paciente. O aparelho VNS pode ser programado para produzir estímulos com vários padrões de intermitência. (parâmetros de estimulação; freqüência; intensidade; intervalo entre estímulos).
O grupo da MUSC (Medical University South Caroline) vem investigando a técnica VNS com um scanner de imageamento funcional por ressonância magnética, para determinar se alterados os parâmetros da VNS se obtém resultados diferentes (maior eficácia e controle das crises convulsivas ou depressão) sendo assim possível modular regiões do cérebro. Variando o padrão de pulsos da VNS no pescoço não sendo mais necessário submeter o paciente a cirurgia para epilepsia refratária.
Segundo cientistas da Universidade South Caroline (MUSC) as últimas descobertas 2006 demonstram que pacientes com depressão crônica ou recorrente continuam a apresentar boas reações à terapia de Estimulação do Nervo Vago (VNS) após cerca de dois anos de tratamento os resultados indicam que o tratamento extensivo com VNS está relacionado com a eliminação ou redução dos sintomas depressivos e com melhora na habilidade de realização de atividades diárias.
(EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM ENV)
Segundo estudos avaliados pela FDA (fonte OMS), 18% dos pacientes testados se disseram curados com o aparelho, 35% sentiram os sintomas reduzidos significantemente e 57% tiveram algum benefício após dois anos.
EFEITOS INDESEJADOS
Até que o mecanismo seja ajustado (com estudos através de Ressonância Magnética Funcional) o portador de marca passo anteriormente utilizado em casos de epilepsia poderá ter: paralisia temporária das cordas vocais; rouquidão; tosse; formigamento na laringe e sensação de falta de ar.
Mas são sintomas leves que não chegam a desencorajar a busca pela novidade. Por enquanto o maior efeito colateral é o preço U$20.000 já incluída a implantação.
TÉCNICA DE IMPLANTAÇÃO
Semelhante a um marca passo o aparelho é implantado por meio de pequena incisão na região torácica esquerdo o dispositivo pesa menos de 30 gramas e com cerca de 5 cm de diâmetro. É feito outro corte mínimo no pescoço para colocar os eletrodos ao redor do Nervo Vago.
Do aparelho saem os eletrodos que percorrem pelo pescoço até atingir o ramo extra crâniano do nervo vago. Eles emitem impulsos elétricos que são disparados por 30 segundos a cada cinco minutos (este é um dos vários parâmetros de estimulação).
Os impulsos tem a função de estimular o Nervo Vago, um largo nervo craniano que corrige informações para as áreas do cérebro responsáveis pelas emoções. Ativado o Nervo Vago vai estimular o sistema límbico, região cerebral que processa a depressão, o mesmo sistema é utilizado para epilepsias com ajustes individuais nos parâmetros de estimulação.
Nunca se investiu tanto em diferentes recursos terapêuticos para combater a depressão, a grande notícia é que o Food and Drug Administration (FDA) órgão que controla alimentos e remédios nos EUA anunciou em 2006 a aprovação do uso do marca passo para quem
sofre de depressão severa - pessoas refratárias a mais de 3 drogas diferentes e cujos sintomas são difíceis de controlar.
O sistema já era aprovado pela FDA para epilepsias de difícil controle medicamentoso.
Já a EMT já era utilizada de rotina e aprovada no Canadá; Israel e Oceania. No Brasil foi liberado pela ANVISA em janeiro de 2006 e aprovada pelo Conselho Federal de Medicina em meados de 2012/2013 para tratamento de transtornos depressivos. A ENV é uma técnica revolucionária porque será possível atender indivíduos que não respondam a outro tratamento, a vantagem é que nem se percebe o impulso elétrico, diz o psiquiatra Dr. Evandro Gomes de Matos, Coordenador do Núcleo de atendimento de transtorno de ansiedade da Faculdade de Ciências médicas da (UNICAMP)